terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

5 elementos e Diagnóstico







DIAGNÓSTICO VI – A Teoria dos Cinco Elementos, Os Órgãos e Patologia Clínicas

Correspondências dos Cinco Elementos
MadeiraFogoTerraMetalÁgua
estaçõesPrimaveraVerãoNenhumaOutonoInverno
órgãosFígadoCoraçãoBaçoPulmãoRim
víscerasVesícula BiliarIntestino DelgadoEstômagoIntestino GrossoBexiga
saboresÁcidoAmargoDocePicanteSalgado
climaVentoCalorHumidadeSecuraFrio
emoçõesRaivaAlegriaReflexãoTristezaMedo
Fases de desenvolvimentoNascimentoCrescimentoTransformaçãoRecolhaArmazenamento

Comecemos, então, por explicar 2 das associações observadas no quadro:
1 – O Baço que pertence ao elemento Terra é o órgão responsável pela nossa capacidade de estudo. Daí a emoção associada ser a reflexão. Como todos os estudantes devem saber em casos de preparação para exames, quando o estudo é muito intenso aconselha-se sempre comer chocolate que é doce (tonifica o Baço). No entanto, se comermos muito chocolate ou outros produtos doces podemos ficar enjoados pelo que a nossa capacidade de estudo fica afectada (o Baço recebe em excesso e destrói-se a harmonia). Mas não só a nossa capacidade de estudo. É o Baço que transforma (fase de desenvolvimento) os alimentos. Além de transformar os alimentos ele também é responsável pela transformação e transporte dos líquidos orgânicos. Caso esta capacidade se encontre afectada os líquidos estagnam e geram Humidade.
2 – O Fígado encontra-se associado ao elemento Madeira. A estação correspondente é a Primavera que simboliza o nascimento. Este nascimento (fase de desenvolvimento) tem em si uma força criadora que gera a vida. Quando surge um obstáculo ao desenvolvimento dessa força a pessoa compensa com irritação ou raiva que é um mecanismo de ultrapassar os obstáculos. Esta torna-se patológica quando os obstáculos não são ultrapassados.
Estas são algumas das associações que nos permitem compreender as diferentes associações que encontramos no quadro dos cinco elementos. Devemos dirigir a nossa atenção, neste momento, para a análise que se pode fazer dos sintomas e compreende-los dentro da teoria dos Cinco Elementos.
Uma vez que conhecemos os sintomas dos padrões gerais devemos analisar os sintomas de órgão. Estes sintomas podem compreender-se de duas formas: sintomas que referem a funcionalidade do órgão (palpitações para o Coração e dispneia para o Pulmão, por exemplo) ou sintomas que se compreendem dentro da teoria Básica de Medicina Chinesa (insónia para o Coração, incapacidade de pensar para o Baço). De qualquer modo, em MTC, todos estes sintomas são encarados como manifestações de uma função clínica que se compreende não só no órgão (manifestação física dessa função clínica) como também no meridiano e nas suas relações com outras funções clínicas. No quadro abaixo mostramos os sintomas que permitem denunciar o envolvimento de um órgão:
QUADRO 3 – SINTOMAS DE ÓRGÃO
CoraçãoPulmãoBaçoFígadoRim
Palpitações
Pré-cordialgia
Patologia cardiovascular
Sinais psíquicos
insónia
Tosse
Rinorreia
dispneia
Alterações de memória
Alterações de apetite
Dilatação abdominal
Vertigens
Edemas
Fezes moles
hemorragia
Dor no hipocôndrio
Alterações de visão
Irritabilidade
Patologia genital externa
Patologia músculo-tendinosa
lombalgia
Alterações urinárias
Alterações auditivas
Edemas
Esterilidade/impotência
Fraqueza dos membros inferiores
Após conhecermos os sintomas que evidenciam os padrões clínicos gerais assim como os órgãos ficamos em condições de iniciar o diagnóstico das diferentes situações.
A análise de diferentes casos clínicos encontra-se agora ao nosso alcance. Iremos, então, observar diferentes casos clínicos. Numa primeira fase analisaremos casos clínicos em que se alteram os sintomas de órgãos mas se mantêm os padrões gerais e numa segunda fase mantêm-se os sintomas de órgão mas alteram-se os sintomas que denunciam os padrões gerais.
EXEMPLO 1
O paciente A apresenta os seguintes sintomas:tosse, astenia, suor espontâneo, expectoração clara (transparente), voz fraca, pulso fino e língua pálida.
O paciente B apresenta os seguintes sintomas: palpitações, astenia (esgotamento por esforço), suor espontâneo, pulso fino, língua pálida.
Nos 3 casos apresentados observamos alguns sintomas em comum como astenia, suor espontâneo, pulso fino e língua pálida que são sintomas de Vazio de Qi. Estes sintomas descrevem-nos o quadro geral. No entanto, existem variações nos sintomas de órgão: o primeiro paciente refere tosse, o segundo refere palpitações e o terceiro refere fezes moles associadas a outros sintomas como alterações de apetite e dilatação abdominal. Apesar do padrão clínico geral ser o mesmo os órgãos afectados são diferentes. O paciente A sofre de Vazio de Qi do Pulmão, o paciente B sofre de Vazio de Qi do Coração e o paciente C sofre de Vazio de Qi do Baço.
EXEMPLO 2
O paciente A apresenta os seguintes sintomas: palpitações, sinais psíquicos,lentidão, frio generalizado, preferência pelo calor, palpitações agravam em ambientes frios, edemas, sudação profusa, pulso fino e lento, língua pálida e inchada.
O paciente B apresenta os seguintes sintomas: palpitações, agitação psíquica e física, insóniaboca e garganta secas, suores nocturnos, febre vespertina, pulso fino e rápido, língua vermelha sem capa.
O paciente C apresenta os seguintes sintomas: palpitações, febre, aversão ao calor e preferência pelo frio, erosão da mucosa bucal, sede com vontade de beber líquidos frios, úlceras na língua, pulso cheio e rápido, língua vermelha com capa amarela.
Neste segundo exemplo observamos o caso oposto. Os sintomas de órgão são idênticos e os sintomas dos padrões gerais são diferentes. Os 3 pacientes referem sempre palpitações o que denuncia um problema ao nível do Coração. Os restantes sintomas variam mas numa fase inicial pode distinguir-se dois tipos de padrões: um por frio e dois por calor. O paciente A refere lentidão, frio generalizado, preferência por bebidas e alimentos quentes, sudação profusa, pulso fino e lento e língua pálida e inchada. Estes sintomas são típicos de um Vazio de Yang (como pode reparar este quadro é mais severo que o apresentado no primeiro exemplo). Os pacientes B e C apresentam sintomas de calor mas com algumas diferenças: o paciente B queixa-se de suores nocturnos, febre vespertina, boca e garganta secas enquanto que o paciente C apresenta febre, erosão da mucosa bucal, úlceras na língua e aversão ao calor. Como deve ter reparado estes dois padrões diferenciam-se pela intensidade dos sintomas tal como foi referido nas diferenças dos padrões de Vazio de Yin e Plenitude Calor. Outros sinais como pulso fino (deficiência) e rápido (calor) em comparação com pulso cheio (plenitude) e rápido (calor) e língua vermelha (calor) sem capa (vazio de Yin) ou com capa amarela (plenitude) asseguram as diferenças diagnosticadas nos dois últimos pacientes. O paciente A sofre de Um Vazio de Yang do Coração, o paciente B sofre de um Vazio de Yin do Coração e o paciente C sofre de uma Plenitude Calor do Coração.
Como se adapta a teoria dos Cinco Elementos a tudo o que foi dito? Como reparámos os órgãos estabelecem dois tipos de relações entre eles, definidas em dois ciclos: o Ciclo de Geração e o Ciclo de Dominação. Por esta altura já possuímos um conhecimento básico que nos permite diagnosticar as situações mais simples. No entanto estas situações não são muito comuns em clínica. O mais comum são um ou mais padrões clínicos gerais que afectam mais de um órgão. Nestes casos o estudo dos sintomas e da história clínica faz-se recorrendo á teoria dos Cinco Elementos.
Caso clínico:
O paciente QiXue (vamos dar-lhe nome de ponto de acupunctura) queixa-se de dispneia e expectoração excessiva de cor clara. Cansa-se mais facilmente do que o costume, referefezes moles e parecem existir alterações de apetite e suor espontâneo. Também refere que após a alimentação (em particular quando come em excesso) sente um agravamento dos sintomas pulmonares.
Análise:
Este paciente apresenta sintomas de dois órgãos: dispneia e expectoração excessiva, ambos sintomas do Pulmão e fezes moles e alterações de apetite que denunciam um envolvimento do Baço.
Além dos sintomas de órgão apresenta dois sintomas de um padrão clínicogeral (suor espontâneo e astenia – cansa-se mais facilmente), nomeadamente um Vazio de Qi. Podemos, então concluir que existe um Vazio de Qi do Baçoe do Pulmão. Outros sintomas como a expectoração clara fortalecem a nossa convicção na existência de um padrão de Vazio de Qi no Pulmão.
No entanto, o paciente refere um dado curioso: os sintomas pulmonares agravam nas alturas em que come demasiado. Quando estudámos o Ciclo de Geração da teoria dos cinco elementos observámos que o Baço (Terra) é a mãe do Pulmão (Metal).
Como o Baço se encontra em deficiência não consegue nutrir o filho enfraquecendo-o. Nas alturas em que o paciente come demais o Baço (que já se encontra enfraquecido) é obrigado a gastar mais energia no processo da digestão ficando ainda com menos energia para o Pulmão. Por essa mesma razão é que os sintomas pulmonares agravam quando o paciente come em excesso.
Caso Clínico
O paciente Hegu (4IG) queixa-se de dispneia; apresenta respiração fraca, opressão torácica e dor no hipocôndrio. Refere que tem tido muitas complicações profissionais e sente-se muito stressado. Também refere que os sintomas pulmonares agravam quando se irrita. Apesar de ser uma pessoa irritável por natureza sente-se mais irritado nos dias que correm e não consegue suster essa irritabilidade.
Análise:
Este paciente apresenta sintomas de 2 órgãos: dispneia e respiração fraca que são sintomas típicos do envolvimento do Pulmão e dor hipocondríaca e irritabilidade que pertencem à esfera de sintomas do Fígado. Uma vez que não existem sintomas que denunciem a natureza fria ou quente do padrão clínico é muito difícil justificar a presença de um Vazio de Yin ou Vazio de Yang. Uma vez que o sintoma mais relevante é a irritabilidade e o stress assumimos que existe uma Estase de Qi do Fígado.
Também vimos a relevância da irritabilidade para o agravamento dos sintomas pulmonares. Assim, atendendo à teoria dos 5 elementos podemos observar que existe uma contra-dominação do Fígado ao Pulmão. O Pulmão domina o Fígado, mas uma vez que se gera toda uma situação potencialmente gravosa para a harmonia do Fígado surge um desequilíbrio. Ao estagnar o Qi do Fígado agride o Pulmão, contra dominando-o.
NOTAS FIM DE TEXTO

domingo, 27 de maio de 2012

Tratamento







                                 Copyright ©  2011 Silasterapeuta . Todos os direitos reservados.            




Poderá também gostar de:
                                         Copyright ©  2011 Silasterapeuta . Todos os direitos reservados.        












                                             


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Corpo Humano


corpo humano!!!



O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à vida.

Há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano funcionam de maneira integrada e em harmonia com as outras. É fundamental entendermos o funcionamento do corpo humano a fim de adquirirmos uma mentalidade saudável em relação a nossa vida.

Veja abaixo, os principais órgãos e sistemas do corpo humano bem como outros textos importantes sobre anatomia, saúde e bem-estar:
Órgãos do Corpo Humano:
Baço
Bexiga Urinária
Célula
Cérebro
Coração
Dentes
Esôfago
Esqueleto
Estômago
Faringe
Fígado
Glândulas Salivares
Intestino Delgado
Intestino Grosso
Laringe
Pâncreas
Pulmão
Rins
Sangue
Traquéia
Vesícula Biliar
Aparelhos / Sistemas do Corpo Humano:
Sistema Circulatório
Sistema Digestório (Digestão)
Sistema Endócrino (Hormônios)
Sistema Excretor (Urinário)
Sistema Linfático
Sistema Muscular
Sistema Nervoso
Sistema Reprodutor
Sistema Respiratório
Sistema Sensorial (Sentidos)